NEUROPLASTICIDADE E O APRENDIZADO
Complexo e misterioso, o cérebro sempre despertou o interesse da ciência. Nas últimas décadas, avanços no campo da neurociência permitiram novas descobertas que nos ajudaram a viver de forma melhor e a descobrir nosso potencial de aprendizado.
Uma dessas grandes descobertas foi a plasticidade cerebral, também chamada de neuroplasticidade. Mas você já se perguntou o que esse conceito significa? No texto de hoje, o Challenge Centro de Idiomas traz para você o que é a neuroplasticidade, como estimulá-la e como ela pode afetar a vida de crianças e adolescentes.
Afinal, o que é neuroplasticidade?
Chamamos de neuroplasticidade a habilidade do nosso cérebro de criar novas conexões neuronais e remodelar as conexões existentes. Ou seja, nosso cérebro foi construído para mudar de acordo com nossas experiências e a forma como nós o usamos. Como consequência da neuroplasticidade, temos o aprendizado, a memória e a mudança nos nossos padrões de pensamento e comportamento.
Até os anos 1960, a neurociência via o cérebro predominantemente como um órgão estático, com a quantidade de neurônios e sinapses determinada desde o nascimento. No entanto, a partir das pesquisas do neurocientista norte-americano Michael Merzenich, comprovou-se que o cérebro tem a possibilidade de criar novas conexões e de se adaptar em resposta a estímulos do ambiente. A esse contínuo processo de adaptação do cérebro, Merzenich chamou de neuroplasticidade.
A neuroplasticidade na prática
A neurociência observa na prática que ocorre uma mudança em nossas sinapses (as conexões entre dois neurônios no interior do cérebro) quando trabalhamos para aprimorar uma habilidade. Quando alguém faz exercício físico, por exemplo, aciona um tipo de conexões cerebrais diferente de quando está trabalhando. Ao se exercitar outra vez, as mesmas sinapses relacionadas ao exercício físico são ativadas e reforçadas, tornando a atividade progressivamente mais familiar.
Nosso cérebro seleciona as conexões que dão suporte à habilidade que estamos desenvolvendo, podendo formar hábitos a longo prazo. A neuroplasticidade é um processo contínuo que ocorre ao longo da vida e leva nosso cérebro a viver em constante mudança. Ao longo de uma década, podemos adquirir e fortalecer ou até mesmo perder habilidades.
A neuroplasticidade nos leva a reconhecer a importância do aprendizado e da prática em habilidades específicas, bem como a incentivar a exploração de novas experiências e desafios que podem promover nosso desenvolvimento.
Neuroplasticidade de crianças e adolescentes
A neuroplasticidade desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de crianças e adolescentes. A plasticidade do cérebro é particularmente alta durante essa etapa da vida, onde ocorre o desenvolvimento cognitivo, emocional e social.
Através da neuroplasticidade, o cérebro das crianças e adolescentes se adapta às experiências vivenciadas, por isso novas experiências e interações sociais têm um papel crucial durante esse período. Ao ser exposto a uma língua estrangeira, por exemplo, isso pode levar ao desenvolvimento de novas conexões neuronais que permitem a compreensão e a fala dessa língua com maior facilidade, melhorando seu desempenho nessa habilidade.
Diversos fatores podem influenciar a neuroplasticidade, incluindo idade, dieta, exercício físico, estresse e ambiente. Enquanto praticar exercícios físicos tem sido associado a um crescimento da neuroplasticidade, o estresse tem sido apontado como fator que a afeta negativamente, prejudicando a capacidade do cérebro de se adaptar a novas informações.
Por isso, é fundamental que crianças e adolescentes sejam expostos a experiências que estimulam a neuroplasticidade, como aprendizado, exercício físico e interação social. A promoção de um ambiente positivo e seguro ajuda a otimizar o desenvolvimento cerebral das crianças e prepara-as para diferentes áreas da vida.
As vantagens da neuroplasticidade
Estimular a neuroplasticidade pode trazer uma série de vantagens para a nossa vida. Trazemos a seguir algumas dessas principais vantagens.
- Aprendizado e desempenho cognitivo
A neuroplasticidade permite que o cérebro forme novas conexões neurais em resposta a experiências de aprendizado. Neurocientistas acreditam que isso pode tornar o aprendizado mais eficiente e facilitar a assimilação de novas informações. Estimular a neuroplasticidade por meio de bons hábitos também está relacionado à melhora do desempenho cognitivo em diferentes áreas, como memória, atenção e processos de tomada de decisão.
- Resiliência emocional
Como já abordamos, a neuroplasticidade está ligada à capacidade do cérebro de se adaptar a situações estressantes e negativas. Como consequência, ao estimular nossa neuroplasticidade fortalecemos conexões neurais e podemos reduzir os efeitos negativos do estresse e assim aumentar nossa resiliência emocional.
- Melhoria da qualidade de vida e prevenção de doenças
Ao promover uma maior adaptabilidade e resiliência do cérebro, a neuroplasticidade nos permite lidar com uma ampla gama de situações e experiências. Neurocientistas acreditam que essa função do cérebro possa ajudar a prevenir ou ao menos a retardar o desenvolvimento de doenças degenerativas, como o Alzheimer.
Neuroplasticidade e o aprendizado
Aprender algo novo é uma excelente forma de estimular nossa neuroplasticidade, imagine aprender a língua que é falada no mundo inteiro! Por isso, venha aprender com quem há mais de trinta anos forma alunos para a vida.
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