As transformações digitais atingiram um ritmo tão acelerado que o mercado de trabalho não consegue mais acompanhá-las. A inteligência artificial, que temíamos nos substituir, na verdade abriu portas para novas funções dentro das empresas. Mas, ainda que as máquinas não tenham tomado a maioria dos postos de trabalho, elas criaram uma nova dificuldade para nossos profissionais.

O grande desafio de nossa década será alinhar nossas habilidades profissionais com a evolução da tecnologia, e as consequências desse fenômeno já são visíveis hoje em dia: há grande falta de profissionais para preencher cargos que demandam habilidades tecnológicas especializadas.

Atentas a essa demanda, muitas empresas passaram por mudanças internas nos últimos anos, atualizando sua cultura corporativa e incentivando a inovação entre seus funcionários. Mas a verdade é que a empresa só pode oferecer o contexto. Cabe ao funcionário tomar a decisão de se reconfigurar para o novo mercado.

“Há estatísticas que por volta de um bilhão de empregos serão reconfigurados até 2030. Será uma transferência (de habilidades) maior do que qualquer outra que já vimos na história.”

(Vikram Bhalla, diretor do BCG Mumbai)

Tecnologias que permitem a análise de grandes quantidades de dados, como Big Data, por exemplo, auxiliam na tomada de decisões e crescem em importância em um número cada vez maior de empresas. Mas ainda não há profissionais suficientes para atender a demanda do mercado. O mesmo cenário se repete com outras tecnologias, como a inteligência artificial.

Em casos como esse, as empresas precisam submeter seus funcionários a uma requalificação, equipando seus profissionais com novas habilidades para atender às suas necessidades comerciais. Dependendo de como ocorre esse processo, podemos chamá-lo de reskilling ou upskilling.

Alguns profissionais podem ver essa realidade como o fim de suas carreiras, mas é na verdade uma grande oportunidade.

“Um estudo da (empresa de consultoria) McKinsey revelou que 44% dos entrevistados afirmam que suas empresas irão enfrentar falta de funcionários qualificados nos próximos cinco anos, e outros 43% identificam que essa falta já existe. Então, como otimizar sua força de trabalho e ocupar essas vagas em aberto? Uma estratégia de mobilidade de talentos envolvendo reskilling e upskilling pode ser a única solução.”

(People Fluent)

Reskilling x Upskilling

Esses dois conceitos geralmente aparecem juntos em conversas com empresários, por partirem de uma premissa comum, ainda que sejam processos diferentes.

Chamamos de upskilling quando um profissional aprimora seus conhecimentos em uma área na qual já está inserido, aumentando o seu domínio sobre o assunto. O upskilling envolve aprender novas competências, mas mantendo-se o profissional em um mesmo cargo ou função.

Já o reskilling difere-se por estar ligado a uma requalificação do profissional. O reskilling ocorre quando um profissional busca aprender novas habilidades para se requalificar no mercado de trabalho porque sua profissão foi extinta, ou quando a empresa identifica que é possível desenvolver talentos internos para novas funções a partir de treinamentos.

“Está claro que a pandemia acelerou o já significante impacto da tecnologia, automação e inteligência artificial no mundo dos negócios. Nunca houve uma necessidade tão grande das organizações de desenvolver lideranças e talentos para implementarem os novos modelos de negócio necessários para o futuro.”

(Robert Baker, diretor de investimentos da Talupp)

Os benefícios de Reskilling e Upskilling

O reskilling pode envolver um momento de incerteza em muitas carreiras. Mas ele surge para ser a solução, não o problema. Ter seu trabalho reconfigurado, agora com o auxílio de uma inteligência artificial, por exemplo, pode ser desafiador para muitos profissionais, mas isso também significa que a empresa acredita nesse profissional.

O resultado geralmente apresenta funcionários mais satisfeitos e empresas mais informatizadas e competitivas no mercado.

Outro ponto importante é que o reskilling ajuda a criar retenção de talentos. A equipe torna-se consciente de que a empresa está investindo em seus profissionais para melhorar seus perfis, o que tende a aumentar a lealdade dos funcionários.

Por fim, processos de reskilling e upskilling incentivam uma cultura empresarial dinâmica e adaptada a um ambiente em constante evolução.

Como aplicar upskilling e reskilling na minha empresa?

Algumas técnicas podem ser aplicadas para facilitar o processo de upskilling e reskilling nas empresas. Tudo começa pelo mapeamento de competências. Quais as habilidades de sua equipe? Assim, cria-se o chamado skill pools, ou seja, um conjunto de habilidades de forma que fique mais fácil visualizar o que já existe dentro da empresa e o que é preciso desenvolver.

A partir desse ponto, a empresa poderia promover treinamentos que oferecem conteúdo adequado ao que deseja trabalhar. Assim criando um treinamento individualizado, centrado nas pessoas, considerando as necessidades e objetivos específicos de cada profissional, ao invés de programas massificados que podem gerar desmotivação.

Lembre-se de que técnicas como storytelling ou gamificação podem maximizar os benefícios dos treinamentos e possibilitar aos participantes a opção de serem os protagonistas do próprio ensino, vivenciando o aprendizado.

De preferência, favoreça a troca de experiências entre áreas e gerações para que profissionais mais experientes possam incentivar e inspirar os mais jovens ou quem ainda não domina alguma tecnologia.

Procurando desenvolver novas skills?

Num mercado em constante evolução, precisamos estar em movimento. Saber falar inglês é parte dessa transformação.

Aprenda inglês com quem há mais de trinta anos forma profissionais para o mercado e a vida, ensinando não apenas inglês, mas as habilidades de que o mercado precisa.

Matricule-se no Challenge e conheça nossa plataforma digital: Going Global.