Seja a diferença

 

O domínio de um segundo idioma não é mais um diferencial no mercado de trabalho, tornou-se uma exigência. Por ser a língua do business e da internet, o inglês segue como a mais solicitada pelas empresas. Não são apenas as multinacionais que buscam por candidatos fluentes em inglês; cada vez mais, empresas locais necessitam de profissionais falantes de língua inglesa para atuar em nosso mundo globalizado, onde compradores e fornecedores podem estar em continentes diferentes. Mas, se falar inglês não é mais diferencial, resta-nos saber como fazer a diferença naquela entrevista de emprego.

Em primeiro lugar, muito mais do que ostentar uma língua estrangeira no currículo, o candidato precisa demonstrar domínio da língua e habilidade de comunicação. Em seu trabalho, vivenciará situações em que suas habilidades serão testadas: seja a ligação de um cliente, uma videoconferência com a sede da empresa, ou até mesmo o encontro presencial com um gerente estrangeiro.

As empresas precisam de profissionais capazes de se comunicar de maneira fluente, polida e por vezes criativa, ou seja, não basta falar o idioma, é necessário modelar seu discurso e tomar decisões em outra língua — algo que apenas um ensino humanizado consegue transmitir. Daí a importância de seguir estudando, mesmo depois de obter certificações avançadas, como os níveis C1 e C2 do CEFR (o Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas), correspondendo, respectivamente, à proficiência operativa eficaz e ao domínio pleno do idioma.

Além disso, dados de 2019 comprovam que o profissional que domina a língua inglesa é mais valorizado na empresa, estando sujeito a promoções e aumento de salário. Segundo o site de empregos Catho, a diferença salarial entre profissionais com e sem domínio do idioma pode chegar a até 70%. Vale destacar que um aumento de salário dessa magnitude não pode ser obtido apenas com base em currículo; deve ser conquistado através do uso e aprimoramento constante do inglês.

Após a exposição desses dados, somos levados a uma nova reflexão. Se o inglês é como um músculo do corpo que deve ser posto em ação para ser aprimorado, nossa conclusão vai além do que sugere a proposta inicial deste texto. Não se trata de fazer a diferença, mas de ser a diferença. Um recrutador mais valoriza o conjunto que compõe o candidato do que os itens isolados de um currículo. Quando somos a diferença, podemos multiplicá-la em atos, isto é, constantemente fazê-la. A diferença se torna parte da nossa essência.